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Intercâmbio pode prejudicar estudos

Especialista afirma que idade influencia bastante quando jovem pretende estudar no exterior

Por Filipe Matoso

A conclusão do Ensino Médio é um momento aguardado por muitos jovens. Nessa época, a profissão começa a ser pensada e a carreira passa a ser definida. Além disso, é o período em que muitas famílias enxergam como a hora certa de um jovem fazer intercâmbio. No entanto, pais e adolescentes devem tomar cuidado para que os estudos no exterior não prejudiquem o estudante aqui no Brasil.

Susannah Gurgel, 13 anos, pretende estudar em outro país em 2014. A jovem deve ir para a Argentina e para o Canadá para aperfeiçoar os idiomas inglês e espanhol. “Tenho vontade de ir para outro país para conhecer a cultura e melhorar as línguas que aprendi. Aqui no Brasil a gente tem aulas, mas não usa os idiomas. No Canadá e na Argentina eu vou ter que utilizar o que aprendi aqui e assim vou aprender mais”. Susannah diz ainda que vai para estudar, então pretende aproveitar ao máximo o período que passar fora do Brasil.

Para a pedagoga Daniela Caldeira, se o jovem não tem uma profissão em mente, é mais fácil se mudar para outro país, conhecer demais culturas e aprender outra língua. No entanto, se o adolescente começou a faculdade ou tem uma carreira definida, o processo de ir estudar em outro país pode atrapalhá-lo, pois o ritmo de estudos sofre uma quebra. Em relação à idade, Daniela afirma que a partir dos 16 anos o jovem passa a ter responsabilidade o suficiente para se mudar para outra nação, mas alerta que o mais interessante é que se espere, ao menos, a conclusão no Ensino Médio.

Marisa Pacheco tem dois filhos e os dois estudaram em outro país quando eram mais novos. Para a mãe de Maria Eugênia e Marcelo Tomazini, o aprendizado, as experiências e o amadurecimento dos adolescentes foram os itens mais pensados na hora de tomar a decisão. “Quando resolvemos que nossos filhos passariam algum tempo no exterior, ficamos com uma certa dúvida, mas tínhamos a clareza de que seria o mais interessante a se fazer”.

Marisa disse ainda que a filha estudou o 3º ano do Ensino Médio nos EUA e ao terminar a faculdade de Jornalismo no Brasil se mudou para a Inglaterra. O filho Marcelo se mudou com 25 anos para a Austrália para aperfeiçoar a língua inglesa. “Além dos meninos irem para outro país, mais interessante será se eles conseguirem colocar em prática aqui no Brasil o conhecimento adquirido no exterior”, completou. Leia a matéria na íntegra Leia o resto deste post